Tem QI Para Pesquisar Que O QI Abaixou Exclusivamente No Brasil?

No artigo “One Century of Global IQ Gains: A Formal Meta-Analysis of the Flynn Effect (1909–2013)”, de 19 de abril de 2013, (que serviu de base para um gráfico gerado no “Our World in Data”, que passou a circular em 2017, quando ainda constava este trabalho científico no banco de dados do sito), os pesquisadores Jakob Pietschnig e Martin Voracek da Universidade de Viena indicaram que dos 31 países analisados por dezenas de estudos feitos por outras dezenas de pesquisadores diferentes, o Brasil foi o único que teve o comportamento decrescente do QI médio através do tempo; foi o único país dos 31 em que a média anual do QI ficou negativa com o passar do tempo; e isto nos dois períodos das pesquisas disponíveis para o Brasil: (1930–2007), em que o QI médio caiu 0,12/ano e de (1987–2005), em que o QI médio caiu 0,04/ano.
Na tabela S1 do referido artigo (“Overview of Included Samples and Domain-Specific Gains (listed alphabetically by Continents and, within these, by Countries)”) há, por várias páginas, a lista de trabalhos utilizados por pesquisadores de cada país sobre a média de QI no tempo e que foram utilizados para tabular o gráfico da tabela S2 (“Mean Anual IQ Change by Country”). No Brasil, foram utilizados dois estudos, um de 2007 (que abrangeu o período de 1930–2004) e outro de 2012 (que abrangeu de 1987–2005). E foi o conjugado de ambos estudos acadêmicos que gerou o gráfico com derivada negativa exclusivamente para o Brasil dentro da lista de 31 países analisados, e que popularmente circulou nas redes pelo gráfico do do Our World Data, em que nosso QI médio caiu cerca de assustadores 9 pontos em 77 anos enquanto o de todos demais países subiu em vários níveis de derivadas positivas.
Quando surgiu o gráfico fora dos meios acadêmicos, por volta de 2017, quem ainda percebe a realidade que nos rodeia, constatou e ficou alarmado, mas as massas asininas deram seus pinotes: negando, zombando, babando de raiva. O mesmo se dá sempre que se reposta este artigo por seu gráfico sintetizado pelo “Our World in Data” da época (mas que não está mais disponível: este trabalho não consta mais em seu banco de dados). E este bando de brasileirinhos — que é a prova em favor de que o QI médio parece ter despencado mesmo — fazem este tipo de objeção (se é que posso, com benevolência, chamar estas babas, balbúrdias e rosnados assim) sem nunca lerem nada. Simplesmente é a negação. Nem para perguntarem, com educação, onde poderiam encontrar a fonte são capazes. Não. É tudo na base da afetação, do deboche, da virada de olhinhos, e da fecal risadinha: argumento dos macacos, hienas e prostitutas.

Mas como esperar que todo mundo possa entender um gráfico oriundo de um artigo científico (que só pode ser questionado depois de lê-lo e compreendê-lo) num país em que o QI só cai e a estupidez e canalhice só aumentam? Numa nação que tem uma das piores médias de leitura de livros do mundo, que sistematicamente os seus alunos secundaristas tiram os últimos lugares nos exames internacionais como o PISA, que sua maior universidade (USP) é a mais bem colocada quase na trecentésima posição no ranking de universidades, que o analfabetismo funcional (em algum grau) supera a metade dos alunos no ensino superior, e que tem o ideólogo marxista Paulo Freire como seu patrono? Não tem como… Então, é mais fácil ficar com raiva do mensageiro, desacreditar (sem ler e nem saber de onde vem os dados) os autores, e zurrar como um asno que quer se libertar de um dolorido jugo amarrado de forma irreversível entre o focinho e o rabo do que tentar seriamente entender que faz parte dum problema crônico… Infelizmente é normal a bazófia colérica, afinal de contas quando QI baixa, só sobra o físico mesmo; mas eles dizem que QI baixar não têm importância… É evidente: a inteligência quanto mais se perde menos se sente falta…