Átomos Contra A Estrela De Olavo
“Não é possível o sujeito orientar-se no meio de uma controvérsia sem conceder a ambos os lados uma credibilidade inicial sem reservas, sem medo, sem a mínima prevenção interior, por mais oculta que seja. Só assim a verdade acabará aparecendo por si mesma. O verdadeiro homem de ciência aposta sempre em todos os cavalos, e aplaude incondicionalmente o vencedor, qualquer que seja”.
Quem é Olavo de Carvalho?
A julgar pelo que vemos e lemos, existe uma singular resposta real a esta indagação e outras tantas para desmentir um volume titânico de sujidades que vêm circulando por aí e que têm em comum uma desprezível caricatura astuciosa de um único homem. A primeira resposta, a genuína, é aquela que pode ser fornecida pelos seus milhares de alunos (além, é óbvio, por seus familiares e amigos pessoais) e por centenas de milhares — quiçá milhões — de leitores despertos, que foram adquirindo através de seus livros, aulas, artigos, seminários, crônicas e debates, estas respostas e imagem do tutor. Pessoas que fizeram apenas uma coisa essencial a qualquer um que se preze e que valoriza as suas potências humanas: se abrir ao conhecimento! Permitir que os inúmeros aspectos da verdade emitidos por alguém ou algo sejam honestamente absorvidos.
Já a segunda reposta à pergunta é um conjunto de incalculáveis impugnações às incansáveis deformações, maledicências, escárnios, invídias, recalques, crueldades, poltronarias, vaidades, incapacidades e asneiras impelidas contra o Olavo. São múltiplas picuinhas delinqüentes feitas por uma malta de mentecaptos, imbecis, arrivistas e farsantes, que tipificam o mosto de uma sociedade por décadas enferma e sendo aviltada por uma cultura decrépita que foi reduzindo a inteligência, a percepção, a moral e alma dos brasileiros; aumentando a produção em série de gerações de gananciosos, idiotas, alienados, mimados, mercenários, egoístas, ingratos e trapaceiros. Homens ocos como matrioskas sem outras camadas de si por dentro e que, não podendo competir com aquele que é ótimo (isso, sem nem mesmo serem bons), só lhes restam tentar diminuir e ridicularizar o objeto de atenção na medida do paroxismo de suas invejas, frustrações, temores e ódios; no chicotear de suas línguas bifurcadas, no rabiscar de suas patas com cascos, e no martelar de suas garras que solenemente abnegam o fiel pensamento, o conjunto da obra e a pessoa real de Olavo de Carvalho, a quem misologicamente desconhecem sem pejo.
É nauseante ter que observar as vicissitudes de um período em que impera a boçalidade e a malícia de matilhas de intelectualóides que parasitam a velha imprensa e grande mídia, além, obviamente, dos patranheiros que fagocitam e maculam a docência nas universidades (onde acabam formando novas hostes de semi-estúpidos); todos se organizando em bandos para atacar um homem só, com os expedientes mais desprezíveis e se vangloriando com cada incômodo ou aflição que parecem conseguir tibiamente infligir no inimigo desumanizado. E nesta vacuidade de estelionatários, vem uma récua de autômatos pelas redes sociais programados a odiar, num mimetismo grotesco de nuvens de idiotas que medem o mundo com o auge de suas ignorâncias sobre o núcleo filosófico, pedagógico e autoral de Olavo de Carvalho; relinchando aos quatro ventos (e nas quatro patas) que o idiota é o filósofo que escreve livros que nunca leram e aulas que nunca assistiram, e que os otários são justamente, pasmem: os alunos e leitores daquilo que não têm nem idéia do que seja…
“A longa frequentação da literatura de ficção criou na minha mente uma certa elasticidade para admitir uma variedade sem fim de situações humanas que a gente percebe, mas que realmente a gente não compreende; quer dizer, você compreende imaginativamente, você capta imaginativamente, mas da qual você não tem um domínio intelectual. Ou seja, você não tem uma explicação causal, você não tem uma teoria científica — ou não tem nenhuma teoria científica ou tem cento e cinquenta, o que é a mesma coisa que não ter nenhuma. Então, abrir-se a essa variedade das situações humanas é justamente o que você aprende na literatura. Quer dizer que se as pessoas não têm uma prática de ler enredos e mais enredos, ela não consegue imaginar muitas situações humanas diferentes, além daquelas que ela conhece do seu círculo imediato, então ela vai julgar coisas que ela não entende.
(…)
Os romances escritos pelos conservadores pululam de revolucionários, comunistas, anarquistas, terroristas e assassinos políticos retratados com toda a complexidade moral da sua vida interior e das situações que atravessam. Nos romances “de esquerda”, o adversário político quase sempre aparece sob forma caricatural, desumanizada ou monstruosa, sem qualquer atenuante, sem qualquer ambigüidade, sem qualquer concessão relativista ou mera simpatia humana. Leiam Gorki, Barbusse, Brecht, Hemingway, John Steinbeck, Ilya Ehrenburg, Theodore Dreiser, Lillian Helman, Howard Fast, e entenderão do que estou falando. É quase impossível conceber, na obra desses e outros romancistas de idêntica filiação ideológica — pelo menos enquanto permanecem sob a influência direta do movimento esquerdista — um personagem conservador ou de direita que tenha alguma virtude humana, alguma qualidade moral, alguma razão aceitável para ser como é e pensar como pensa. Há exceções, é claro, mas, em linhas gerais, a “imaginação moral”, ou mesmo a simples compreensão humana, parece ser monopólio da literatura conservadora. Não deixa de ser significativo que o próprio Georg Lukacs, o príncipe dos críticos marxistas, procurando na literatura de ficção exemplos de realismo objetivo à altura dos mais altos cânones do marxismo, os encontrasse antes nas obras de Balzac e Dostoievski — ou do apolítico Thomas Mann — do que entre os escritos de qualquer autor comunista.
A explicação deste fenômeno tão uniforme e constante não me parece difícil de encontrar. O esquerdismo é quase que invariavelmente uma tomada de posição militante, que, se não leva necessariamente o escritor a filiar-se a um partido, ao menos faz dele um “companheiro de viagem” cujo círculo de convivência é preferentemente escolhido (por ele ou pelo próprio círculo) entre correligionários ideológicos. O próprio Partido Comunista sempre se encarregou de fazer com que fosse assim: ao menor sinal de que um escritor ou artista tinha simpatias de esquerda, agentes comunistas tratavam de assediá-lo, infiltrando-se em todos os meios que o infeliz freqüentava e fazendo o que podiam para tirar o máximo proveito político de suas palavras e induzi-lo a atitudes cada vez mais militantes, tanto na vida quanto na obra”.Olavo de Carvalho (grifos meus)
Dentro desta patética cambada, os mais malignos e imorais são os jornalistas ideologicamente comprometidos da velha imprensa (vermelha, marrom e tarja preta) e grande mídia e os bandos de universitários mequianos que seguem o dog whistle de seus titereiros, ambos os três dotados de lesões de caráter, linguagem e inteligência (às vezes, irreversíveis), querendo per fas et nefas atacar o filósofo Olavo de Carvalho como um enxame, especialmente depois da vitória do presidente Jair Bolsonaro. Um fenômeno que, para estes patifes, foi a suma ameaça; um estopim para não conseguirem mais esconder o grande filósofo, professor e escritor paulista. Um direitista ter tirado o pirulitaço do Planalto da embocadura esquerdista foi uma tragédia babilônica para estes vampiros pomposos; uma hecatombe que deixou em polvorosa este bando de sanguessugas, de térmites que só enxergam o mundo apenas como uma extensão que vai da política aos seus umbigos; uma escumalha intuitivamente direcionada pelo arrivismo de um carguinho, pelo dinheirismo de um aumento e pelo fingimento psicótico de aparentarem ser o que nunca serão.
Quando havia um deliberado acordo entre o establishment hegemônico esquerdista (midiático, acadêmico, político, artístico e jornalístico) para ocultar o solitário e exilado Olavo de Carvalho (vide manifestações de 2015, quando a imprensa, em bloco, ignorava deliberadamente camisas e placas de “Olavo Tem Razão” entre os inúmeros manifestantes; mesmo quando a câmera, ao vivo, filmava explicitamente estas demonstrações), eles não precisavam se inquietar com nada mais; bastava simplesmente continuarem a manter uma completa indiferença e desdém ao filósofo ermitão da Virgínia, se valendo dos batidos e subginasiais epítetos sarcásticos de: “guru”, “astrólogo” (ou “ex-astrólogo”, tanto faz), “boca-suja”, “filósofo sem diploma”, “aiatolá”, “encrenqueiro”, “líder de seita”, “tariqueiro”, “herege”, “louco”, “conspiracionista”, “odiento” entre outros mais.
O único sobrevivente de uma intelectualidade pujante de outrora, Olavo, dotado de uma personalidade resistente quanto um quercus, por eras não constou como uma perceptível ameaça aos tentáculos da quimera esquerdista ignara e imediatista. No entanto, enquanto os bonequeiros do aparato cultural, político e administrativo ignoravam ou eclipsavam as ações deste exilado, o filósofo combatente ia fazendo o seu trabalho no ermo… Ele era o remanescente de uma época de intelectualidades genuínas (sejam de Direita, de Esquerda, ou sem classificação política) que hoje jazem mortas, enterradas e fadadas ao ostracismo pelas Esquerdas prevalecentes, que usavam o estratagema de encafurnar as obras (e até as existências) de todos os representantes do mínimo antagonismo direitista a elas.
Na época em que o poder olaviano ainda estava sendo direcionado difusamente na restauração de uma alta cultura e intelectualidade (com seus livros, apostilas, palestras, cursos e aulas repletas de erudição e de vastos exemplos morais de como seus alunos — de diversas áreas profissionais — deviam se portar diante de uma vida de estudos) sem haver ainda o aparecimento destes efeitos numa concreta ameaça ao estamento burocrático político-administrativo-acadêmico-artístico, bastava os esquerdistas o atacarem (quando ocorria) debochando, virando olhinhos, dando risadinhas ou usurpando dos já falecidos intelectuais direitistas com a batida retórica de criticar os desafetos atuais recordando-se dos falecidos, no seguinte jargão: “Já não fazem mais direitistas como antigamente” (elogio que qualquer direitista — ou aparentado — de renome sempre receberá de um esquerdista cínico, mas só depois de morto; mais no intuito de se criticar os que ainda vivem do que de externar algum panegírico autêntico aos defuntos). E isso, mesmo jamais tendo o Olavo de Carvalho aderido a qualquer rótulo ou corrente (“direitista”, “conservadora”, “liberal”), justamente porque tinha a noção de que o filósofo que decide por uma bandeira, imediatamente perde a liberdade da capacidade de crítica, do discernimento desapegado e da singela pesquisa da verdade, findando, por assim dizer, em se transformar em mais um de tantos ideólogos por aí.
“A técnica filosófica se compõe da integração das seguintes atividades:
I — A anamnese, pela qual o filósofo rastreia a origem das suas crenças e assume a responsabilidade por elas;
II — A meditação, pela qual ele busca transcender o círculo de suas ideias e permitir que a própria realidade lhe fale numa experiência cognitiva originária;
III — O exame dialético, pelo qual ele integra a sua experiência cognitiva na tradição filosófica, e esta naquela;
IV — A pesquisa histórico-filológica, pela qual ele se apossa da tradição;
V — A hermenêutica, pela qual ele torna transparentes para o exame dialético as sentenças dos filósofos do passado e todos os demais elementos da herança cultural que sejam necessários para a sua atividade filosófica;
VI — O exame de consciência, pelo qual ele integra na sua personalidade total as aquisições da sua investigação filosófica; e
VII — A técnica expressiva, pela qual ele torna a sua experiência cognitiva reprodutível por outras pessoas”.Olavo de Carvalho
O primeiro abalo notório do guerreiro de pena, voz e cigarro foi já na década de 1990. Após décadas de resolutos estudos e de um trabalho extenso e solitário de inúmeros outonos, ele lança a sua trilogia demolidora da supremacia cultural esquerdista, retirando-os das suas zonas de conforto de décadas: “A Nova Era e a Revolução Cultural - Fritjof Capra e Antonio Gramsci” (1994), “O Jardim das Aflições - De Epicuro à Ressurreição de César: Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil” (1995), e “O Imbecil Coletivo - Atualidades Inculturais Brasileiras” (1996); trabalhos que abalaram primeiramente a intelocracia da Esquerdosfera brasileira e que foi iluminando lentamente e progressivamente — numa espécie de modelo circuncêntrico de propagação de idéias — as pessoas, até atingir paulatinamente inúmeras camadas de indivíduos e grupos, se alastrando naturalmente e sem parar por anos, até o aparecimento de seus primeiros frutos notáveis, trabalhos artísticos, manifestações culturais e organizações sociais, intelectuais e políticas.
No “A Nova Era e a Revolução Cultural”, Olavo de Carvalho descrevia com agudez como as Esquerdas dominavam culturalmente estas terras de Banânia, além de diagnosticar o distracionismo esotérico do movimento da “Nova Era” e o que as Esquerdas pretendiam fazer para chegar ao poder político (especialmente com o “Partido da Ética”, o PT, usando do Gramscismo como arma). Em “O Jardim das Aflições”, ele situa o Brasil na História Mundial, descrevendo continuamente como se dá a formação e concentração dos poderes, além do natural surgimento dos impérios e dominâncias (análise iniciada a partir de uma dantesca palestra sobre uma caricatura de Epicuro alardeada entre a nata pensante de São Paulo, em que todos aplaudiam no local com a mão em “L” sob o queixo, sem conhecerem nada sobre o verdadeiro grego de Samos). E finalmente, com “O Imbecil Coletivo”, ele desmascara a inanidade de nossa pomposa intelectualidade acadêmica e midiática, que sufocava a inteligência e a cultura. Foi neste último trabalho que ele encontrou uma vasta reação — por alguns anos — das baratas expostas à luz que, desnudadas as suas farsas e vícios, necessitaram sair de seus bueiros de departamentos e redações para atacar (em vão) o ousado outsider.
“O imbecil coletivo é uma coletividade de pessoas de inteligência normal ou mesmo superior que se reúnem movidas pelo desejo comum de imbecilizar-se umas às outras”.
Olavo de Carvalho (grifos meus)
Já de um período que vai de meados dos anos 2000 até praticamente 2018, Olavo de Carvalho — no auge da era vermelha petista — era mais atacado por alguns fedelhos de uma nova Direita desaparecida, desorganizada, arrogante, vaidosa, surgente (pelo rombo aberto devido predominantemente ao trabalho de Olavo de Carvalho desde meados dos anos 1990), recalcada e por demais ingrata (pois, mesmo que verdadeiramente não tenham aprendido nada com ele — diretamente —, usufruíram dos espaços que ele arregaçou, à cotoveladas, indiretamente a eles), do que por esquerdistas. Pessoas com uma certa intelectualidade ou que leram alguns punhados de livros e que se achavam os ases da “Guerra Cultural”. Eram os inteligentinhos soberbos, formados especialmente por liberais, libertários, anarquistas e por alguns conservadores doutrinários e plastificados, que associavam cultura apenas a seu campo último: o debate político ou econômico.
O pior desta banda putrefata e recheada de invídia da nova Direita era que muitos destes desafetos, difamadores e caluniadores eram compostos por ex-alunos ou de vulgares macaqueadores de idéias e referências originadas no Olavo (mas que fingiam que eram deles e que saíram de suas cabeças ou de “outras fontes”). Inúmeros destes criam que refutariam o Olavo, através de uma mera crônica, ou coluna, ou blog, ou textão em Facebook — o que já é bastante ridículo e falsário — usando dos enfoques mais esdrúxulos, superficiais, canalhas e periféricos da obra e das diversas áreas do conhecimento do filósofo; em que este demonstra ter um domínio e atuação incrivelmente naturais, na inversa medida daqueles camundongos, que só detinham em demasia a audácia, a burrice e a malignidade das víboras.
Foi-se o tempo quando algum intelectual genuíno — seja por conhecimento, inveja ou ódio — queria fazer uma polêmica ou refutação de um desafeto intelectual — seja esquerdista ou direitista —, em que ele pegava os seus livros, devorava-os, comentava-os (página por página), e depois escrevia um livro refutando, ou um tópico de livro, ou um livro inteiro, ou mesmo mais de um livro do adversário intelectual (e geralmente com respeito para com o autor e reservando o desprezo apenas às suas idéias). Até mesmo Gramsci tinha este pudor intelectual…
“Não é muito “científico” (ou, mais simplesmente, “muito sério”) escolher os adversários entre os mais estúpidos e medíocres; ou, ainda, escolher entre as opiniões dos próprios adversários as menos essenciais e as mais ocasionais, presumido assim ter “destruído” “todo” o adversário porque se destruiu uma sua opinião secundária e acidental, ou ter destruído uma ideologia ou uma doutrina porque se demonstrou a insuficiência teórica de seus defensores de terceira ou quarta categoria. E mais: “deve-se ser justo com os adversários”, no sentido de que é necessário esforçar-se para compreender o que eles realmente quiseram dizer, e não fixar-se maliciosamente nos significados superficiais e imediatos das suas expressões. Isso é válido sempre que o fim proposto seja o de elevar o tom e o nível intelectual dos próprios seguidores, e não o fim imediato de criar um deserto em torno de si a qualquer custo”.
Antonio Gramsci
Diversas destas infâmias contra o Olavo de Carvalho que estão circulando hoje, predominantemente pelos esquerdistas, são as mesmas hauridas dos espantalhos passados inventados dele: ataques requentados que foram criados por muitos direitistas, esquerdistas e demais desafetos de outrora (e que alguns ainda continuam a ser). Mas estes salafrários de hoje conseguem ser mais abjetos: estes são vermes que fazem vídeos, hangouts, escrevem postagens, colunas e artigos caprichosos no veneno, sarcasmo, xingamento, distorção e desinformação; alguns são criminosos que se associam em bando — utilizando-se de potentes estruturas midiáticas e administrativas — para desferirem ataques coordenados tais quais lobos famintos, produzindo um volume inenarrável de insídias contra um homem sozinho, por todos os lados, impossibilitando a chance de respostas cabíveis a tantas mentiras, injúrias, calúnias e difamações proferidas.
O que restou em nossos formadores de opiniões, “especialistas”, intelectuais, membros da academia (e suas cobaias estudantis escolares e universitárias), jagunços da imprensa e classe artística foram homúnculos vis e chulos no conhecimento, desprovidos de honestidade e decência, vexatórios na coragem e nos métodos. Foi a invasão vertical — de baixo para cima — dos bárbaros… Não são jornalistas e nem professores universitários, são lavadeiras de bordel jogando picuinhas contra quem nunca foi cliente delas. Descontando, é claro, as raríssimas exceções, que são numericamente depressivas.
Boa parte do nascimento de uma Direita brasileira relevante se deu a partir, principalmente, de 2010, e se deveu ao trabalho pioneiro de Olavo de Carvalho iniciado no fim do milênio, na exposição de seus conhecimentos externados das mais diversificadas formas cabíveis: da fala presencial, gastando calhamaços de tinta e por inúmeros pacotes de dados trafegados. Mas sendo especialmente parida pelos três livros furadores do “campo de força olímpico esquerdista”, já citados anteriormente.
“Honestidade intelectual é não fingir que você sabe o que não sabe e não fingir que não sabe aquilo que você sabe perfeitamente bem”.
Olavo de Carvalho
Além destas obras (na esfera cultural e política contemporânea) houve inúmeros outras na esfera filosófica pura. Dentre os demais livros multitemáticos a destacar de Olavo de Carvalho, devo citar:
“A Dialética Simbólica”, “A Filosofia e Seu Inverso”, “Aristóteles em Nova Perspectiva”, “Visões de Descartes”, a série de livros com artigos e crônicas como correspondente nos EUA denominada “Cartas de um Terráqueo ao Planeta Brasil” (em nove volumes [até esta data]: “Apoteose da Vigarice”, “O Mundo como Jamais Funcionou”, “A Fórmula para Enlouquecer o Mundo”, “A Inversão Revolucionária em Ação”, “O Império Mundial da Burla”, “O Dever de Insultar”, “Breve Retrato do Brasil”, “Os Histéricos no Poder” e “O Progresso da Ignorância”), “Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão”, “O Futuro do Pensamento Brasileiro”, o best-seller (organizado por Felipe Moura Brasil) “O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota”, “Os EUA e a Nova Ordem Mundial”, e o opúsculo “Maquiavel, ou a Confusão Demoníaca”.
Além desta notável bibliografia, vários foram os cursos ministrados pelo educador, com significâncias filosóficas, didáticas e culturais importantíssimas, tais quais: “Introdução ao Método Filosófico”, “A Crise da Inteligência Segundo Roger Scruton”, “A Consciência da Imortalidade”, “Introdução à Filosofia de Eric Voegelin”, “Conceitos Fundamentais da Psicologia”, “Sociologia da Filosofia”, “Introdução à Filosofia de Louis Lavelle”, “Conhecimento e Moralidade”, “Guerra Cultural”, “Filosofia da Ciência”, “Raízes da Modernidade”, “Simbolismo e Ordem Cósmica”, “Mario Ferreira dos Santos”, “A Guerra Contra a Inteligência”, “Política e Cultura”, “Esoterismo”, entre outros mais.
Com estes marcos, ele naturalmente atingiu a estrutura da muralha esquerdista (sob a sombra do “imbecil coletivo”), repleta de leões-de-chácara que impediam a existência, ou mesmo o surgimento de uma Direita e um debate público com ela. Aos poucos, estes golpes foram destruindo estas sentinelas hidrófobas e rachando a barragem e permitindo a água do conhecimento diverso se infiltrar; mais rachaduras apareceram e outras pessoas com sede de saber, que leram ou acompanharam os trabalhos e idéias do filósofo, foram espalhando as boas novas nesta região refenizada árida daqui e, imitando o gesto do guerreiro pioneiro, passaram a adquirir mais coragem e confiança, expandindo e inovando os ataques ao paredão esquerdocrata. Os furos iniciais viraram rachaduras, estas aumentaram e viraram infiltrações intermitentes, estas se ampliaram e abriram buracos maiores e hoje as Esquerdas acompanham o vazamento por todos os lados das várias correntes dos diferentes contraditórios, mas perderam a habilidade de tampar ou consertar os estragos devido a décadas imersas em suas alienações e regiões de conforto no topo desta fortaleza. Mais direitistas (falo dos bons e íntegros) persistiram atacando a grande parede vermelha, enquanto os esquerdistas — atônitos, assustados e praguejando — se limitavam a enxugar com rodos a inundação que se alastrava, esboçando cóleras e vociferações ou apenas tentando esconder as suas vergonhas... A ruptura de várias partes da represa já aconteceu e a demolição total deve ser almejada. As águas devem atingir a todos, para uma dialética ampla e justa.
Ser conservador, liberal e até libertário e não ser grato a este pioneirismo do Olavo de Carvalho já é algo reprovável; agora negar a predecessão dele é de uma arrogância e mau-caratismo inomináveis. Dos problemas filosóficos particularmente e pessoalmente identificados, levantados, tratados e resolvidos (total ou parcialmente) pelo filósofo Olavo de Carvalho, pode-se destacar:
1) A “Teoria dos Quatro Discursos” ➡ Unifica e explica a íntima relação e hierarquia entre os quatro discursos aristotélicos (poética, retórica, dialética e lógica) como também demonstra ser a chave para a própria filosofia do Estagirita.
2) A “Teoria dos Gêneros Literários” ➡ Aborda, tipifica e relaciona os diferentes gêneros do discurso literário.
3) A “Filosofia da Ciência” ➡ Trata da relação de subordinação e interdependência entre a Ciência e a Filosofia.
4) A “Teoria da Relação entre Poesia e a Filosofia” ➡ Traça os caminhos e formas de como se atinge a Filosofia a partir da poesia e da literatura imaginativa (habilidade muito presente em Platão).
5) O “Estudo da Astrocaracterologia” ➡ Articula e diferencia entre o problema do suposto fato astrológico de influência no comportamento humano e o problema das linguagens astrológicas e alquímicas através dos tempos nas artes, nas religiões, na filosofia e na arquitetura.
6) A “Teoria da Verdade como Domínio” ➡ Considera a verdade como um domínio no qual você sempre está, no qual você existe, mas do qual subjetivamente você pode sair.
7) A “Teoria do Sujeito da História” ➡ Explica a continuidade histórica através das gerações só podendo ser feita e contada por personagens reais e não por metonímias.
8) A “Teoria do Império” ➡ Exibe o império como um conceito fundamental da História da Humanidade do Ocidente.
9) A “Teoria do Poder” ➡ Define o poder como instrumento fundamental da História, explicando como se manifesta e tipificando os três tipos basilares deles ao longo das eras.
10) A “Teoria do Direito” ➡ Descreve como o Direito é um dos elementos fundamentais do poder e seu crescimento.
11) A “Teoria da Origem da Autoridade” ➡ Explicita como surge a autoridade, fazendo a devida distinção dela para com o poder.
12) A “Teoria da Moral” ➡ Correlaciona a moral com o fundamental “princípio de autoria”.
13) A “Teoria da Psique” ➡ Exprime o conceito unificador da psique e a eleva hierarquicamente sobre o comando de todos os atos humanos praticados por indivíduos (o que põe por terra o determinismo social).
14) O “Método da Contemplação Amorosa” ➡ Detalha o método usado para análise da razão humana e seus comportamentos.
15) A “Teoria da Paralaxe Cognitiva” ➡ Elabora o fenômeno existente massivamente na Filosofia moderna, que demonstra o afastamento entre o eixo da construção teórica e o eixo da experiência real do indivíduo, na sua própria exposição.
16) A “Teoria da Estase Imaginativa” ➡ Diagnostica quando a imaginação formou um quadro em que ela se fecha dentro dele, estabilizando-o e, assim, continuando a tirar conclusões lógicas (muitas delas errôneas) a partir daquele quadro tal como foi imaginado. De tal forma que, quanto mais se avance no processo de tirar conclusões, mais remota fica a possibilidade de se remanejar o quadro imaginativo inicial e de encarar tudo de outra maneira.
17) A “Teoria das 12 Camadas da Personalidade” ➡ Teoria que versa sobre a transição inteira de uma personalidade, que ascende de hierarquias inferiores a superiores, constituídas num total de 12 camadas, em que a cada nova camada mais complexa abrange-se e transcende-se as anteriores no desenvolvimento de toda a capacidade humana, alterando a consciência, estrutura caracterológica e os fins de toda a personalidade, num completo esquema de vida. Sendo dividida esta gradação em “Camadas Integrativas”, que fecham a personalidade num quadro definido (camadas 1, 2, 5, 6, 8 e 11); e em “Camadas Divisivas”, que abrem a personalidade para o ingresso de influências externas, rompendo o equilíbrio anterior e desencadeando a luta por uma nova e superior integração (camadas 3, 4, 7, 9, 10 e 12).
A quantidade impensável de homens e mulheres, alunos voluntários do mestre Olavo de Carvalho, profissionais de diversas áreas que decidiram, por conta própria, correr atrás de conhecimento e de engrandecimento de suas personalidades e almas, foi um fenômeno estrondoso. Pessoas que optaram por sacrificar as suas horas livres e vida social para adquirirem um saber inexistente (ou até debilitante) nestas desérticas bandas, após todas essas décadas que ficamos à deriva dentro de um ensino formal alienante, e estando — todos nós — num abismo cultural, intelectual e moral assombrosos. Adquirindo um sentido logoterápico de perseverar dentro de uma vida intelectual, sem promessa de retorno de títulos, diplomas, cargos, reconhecimentos públicos ou aumentos salariais; motivados apenas por Deus e pela busca de um autoconhecimento na perpétua vontade de encontrarmos um sentido nobre de existência e, mais e mais, trilhando localizar a unidade do conhecer com a unidade do ser, e vice-versa.
“Se você não tem flexibilidade imaginativa suficiente para entender o que um Lao-Tse, ou um Confúcio, ou um Shankaracharya estão dizendo, se você está estritamente preso aos padrões da sua cultura, então você não está na altura da humanidade, mas apenas na altura de uma província. Isto é exatamente o que se chama provincianismo. O provinciano é o sujeito que acredita que todo o mundo é igual à sua província, e o que não é igual à sua província é loucura, é anormalidade ou nem sequer existe. A aquisição dessa abertura é um dos elementos fundamentais da educação superior, e podemos ver que no Brasil de hoje isso tem falhado fragorosamente.
Noto, por exemplo, a extrema facilidade com que qualquer sujeito que fez qualquer curso universitário no Brasil acredita que aquele curso que ele fez é o limite máximo do conhecimento humano, e não consegue imaginar que pode haver, para além daquilo, outras pessoas que sabem mais ou que sabem muitíssimo mais, ou infinitamente mais do que aquilo. Aqui nos EUA a gente não encontra esse problema. Aqui, qualquer especialista em qualquer coisa sabe as limitações da sua perspectiva, e sabe que para abordar certos problemas precisa da colaboração de muitos especialistas de outras áreas, que aos poucos podem ir integrando e lhe dar uma visão mais completa das coisas. Mas no Brasil, não! Se o sujeito fez um curso, digamos, de economia, a economia vira a medida máxima do conhecimento humano, e ele acredita poder julgar tudo à luz daquilo que ele aprendeu naquela faculdadezinha — que, em geral, no Brasil são faculdades absolutamente miseráveis!
Volta e meia eu encontro isso. Por exemplo, me defronto freqüentemente com indivíduos que me dão conselhos de prudência intelectual, recomendando que eu leia certas coisas, coisas que eles acabaram de tomar conhecimento na faculdade e não conseguem imaginar que outra pessoa conheça também. Outro dia, veio um camarada me dizer que eu digo tal coisa por não ter lido “As Veias Abertas da América Latina”, do Eduardo Galeano. Mas eu li isso quando tinha 22 anos, e com 23 já considerava aquilo uma babaquice. Como é que um sujeito não consegue imaginar que um homem de 62 anos pode já ter passado por aquilo? Pois o livro do Eduardo Galeano é um livro da minha geração. Mas como o sujeito acabou de ler, pensa que aquilo é uma grande novidade a que ele, como um privilegiado do ensino superior brasileiro teve acesso, e que infelizmente outras pessoas mais velhas não tiveram. Esta semana mesmo apareceu um camarada — pois eu havia dito que no Brasil existe uma correlação entre o aumento da escolaridade e o aumento da criminalidade infanto-juvenil — que disse que essa correlação “não resiste a um exame multi-variado”. Ele imagina mesmo que: primeiro, fui eu que fiz esta investigação estatística; e, segundo, eu a teria feito de maneira primária, sem nenhuma precaução metodológica elementar. Ele, como acabou de aprender essa precaução metodológica elementar na faculdade, imagina que quem não esteve lá não conhece aquilo. Ou seja, é próprio do idiota, do imbecil, imaginar que os outros são tão idiotas e imbecis quanto ele ou mais; ao passo que a pessoa inteligente, ao contrário, costuma contar com a inteligência dos outros mesmo onde ela não existe. Aliás, ser um educador é apostar em uma inteligência que o aluno ainda não tem. Ninguém pode ser educador se menosprezar a inteligência de seus alunos, ou mesmo se a medir exclusivamente pelo desempenho atual deles. O professor sempre tem de contar que o aluno vai estar mais inteligente daqui um mês, daqui dois meses, três meses; e às vezes é para esta inteligência potencial, virtual, que ele está falando, e não apenas para aquela que o aluno já possui, senão a educação não faria o menor sentido”.Olavo de Carvalho
E por ter falado em Deus, além de inúmeros talentos que já despontaram e começaram a ocupar espaços em diversas áreas da sociedade e de outros que estão em processo de formação (amedrontando as castas rábicas, sectárias, territoriais e intolerantes, que pairam na imprensa, nas academias, nas ciências, na política, na administração pública, nas empresas e nas artes), surgiu uma restauração divinal: a redescoberta de uma camada espiritual, exclusiva de nós humanos, em muitos estudantes e leitores de Olavo de Carvalho. Em inúmeros indivíduos este resgate da dimensão espiritual foi talvez a marca mais dourada da luz olaviana.
Não consigo mensurar a quantidade de retornos à vida cristã e de conversões ao Catolicismo (até de ateus) entre seus alunos. Além do reforço da fé em outros alunos de outros credos (cristãos ou não), que o professor operou nestas últimas décadas. E o melhor de tudo: logrou tal proeza sem nunca fazer a mínima exigência ou retórica proselitista para tal ocorrência! Esta dádiva foi simplesmente conseguida pelo exemplo e devoção; assimilada quando ouvimos, ao longo de anos, a forma sábia e apaixonada com que o Olavo expunha maravilhosamente Jesus Cristo, Nossa Senhora, a Santa Igreja Católica, seus grandes líderes e servos, a sua História, os santos e mártires, além dos inabarcáveis milagres, doutrinas e legados, desfazendo neste ínterim inúmeras falsificações históricas, exageros e calúnias seculares que se abateu sobre Santa Sé e o Cristianismo.
Destarte, voltemos aos espectros atomizados que desprezam este oceano que dessabem, bem como a si mesmos… Quem destes detratores já selecionou algum destes estudos ou obras, nem que seja miseravelmente apenas um, para um devido trato dialético? Qual das abordagens pedagógicas, filosóficas, temáticas, analíticas ou bibliográficas foi contestada ou refutada — total ou ao menos parcialmente — por algum dos maledicentes do Olavo de Carvalho, nas universidades, no mercado editorial, na política ou na imprensa? Quantos livros refutando o “A Nova Era da Revolução Cultural”, o “Jardim das Aflições” e o “Imbecil Coletivo” — sem falar nos outros mais de 15 livros lançados por ele (especialmente os de cunho filosófico) — estes velhos paspalhos ou este moleques arrogantes escreveram?
Ou quantas vezes se deram ao trabalho de pegar apenas uma: uma das centenas de aulas ministradas por ele no seu Seminário de Filosofia (Curso Online de Filosofia — COF) — que após a vitória do Bolsonaro já havia mais de 450 aulas em dezembro de 2018 —, para assisti-la e tentar refutá-la?
Como jornalistas e impostores graduados universitários podem querer combater Olavo de Carvalho ignorando esta portentosa academia de excelência dele, que tem em cada aula, uma média de mais de 2 horas de duração (com as primeiras 200 aulas sendo as mais extensas, tendo algumas mais de 4 horas de exposição e perguntas)? Como um trabalho tão vasto, que gerou em torno de 20 laudas de transcrição por aula, o que fornece cerca de nove mil páginas de conteúdo (até dezembro de 2018), é omitido pelos átomos que querem colidir contra esta estrela sobrevivente? Como querer “destruí-lo” virando o nariz à marca pedagógica e genuinamente filosófica mais completa, nobre, extensa e minuciosa de um polímato, como Olavo de Carvalho em seu COF (muito mais que em qualquer livro)? Como é possível zurrar que acabou imaginariamente com um adversário intelectual sem fazer um único contraponto digno ao seu magnum opus, o COF (nem que seja na íntegra de ao menos uma destas aulas)?
Numa tarefa mais “fácil”, quantas vezes escolheram apenas uma das dezenas de cursos direcionados e com as inúmeras apostilas relacionadas a eles para mostrar os erros do “ex-astrólogo”? Melhor: vou amenizar mais ainda… Quantas vezes pegaram um, miseravelmente um, das várias centenas de artigos publicados, ou das conferências, ou das palestras que o Olavo de Carvalho fez, e tentaram demolir apenas uma destas pequenas amostras da obra dele, com uma parca polêmica que seja centrada nas idéias do filósofo, do jeito e na plenitude como foram de fato apresentadas?
Erros podem ser encontrados numa obra vasta, mas é no fulcro filosófico que um debatedor deveria se debruçar contra um filósofo. Mas se nem nada disso fizeram, como em sã consciência pretendem “refutar” (palavra que amam usar, mas que nada sabem de como fazer no mundo real) algo maior? Por que não arriscam impugnar um tema olaviano nas áreas de Filosofia, ou de Psicologia, ou de Sociologia, ou de Ciências Políticas, ou de estudo histórico da Mentalidade Revolucionária, ou mesmo de Estratégias do Movimento Comunista, além de inúmeros outros citados acima e que vêm contidos — de forma espalhada — em livros, apostilas, aulas do COF, palestras, cursos avulsos ou seminários?
Bem, se “não têm tempo para isso tudo acima”, por que não convidam o Olavo de Carvalho para um debate? Com regras e temas bem estabelecidos, nem que seja via internet (e por e-mail, para reduzir um vexame ao vivo, como foi feito com o ideólogo russo Aleksandr Dugin), para mostrar o quanto ele está errado? Teriam muito mais credibilidade se, mesmo errando, se esforçassem em fazer isso…
Mas nem isto estes pulhas fazem. A maioria de todos estes crápulas em “Comportamento de Colméia”, sejam esquerdistas (socialistas, comunistas, progressistas, social-democratas) ou sejam aqueles direitistas “pão com ovo” (compostos por alguns liberais e conservadores doutrinários e de muitos libertários idiotas — as cadelas da Esquerda Progressista), tendo, entre esta coleção de estrumes, aqueles desprezíveis compostos de jornalistas-militantes (brasileiros ou estrangeiros) e os demais escroques “universiotários”, sem a mínima competência de sequer entenderem os trechos que distorcem das falas e escritas do autor. São medíocres criaturinhas pusilânimes que desconhecem o significado de honestidade, hombridade, moralidade e justiça desde idades imemoráveis.
Chamar tais colunas, artigos, reportagens, vídeos, blogs e textões falando mal e difamando o Olavo de Carvalho de “polêmicas” ou “refutações” contra ele; é uma ofensa à polêmica e um acinte à refutação! São, sim, polêmicas e refutações contra a inteligência humana e contra a honestidade elementar que alguém de esparso caráter deveria ter, especialmente na classe jornalística e universitária.
Polêmica mesmo é perder o total senso da significância de um ser bestial como estes moleques ou como estes velhos embusteiros (que já passaram da idade de tomarem vergonha na cara) que em editando, recortando e descontextualizando escritas e falas cirurgicamente, depois pegam estes apanhados apenas para mentir, ludibriar e cometer crimes vis sem o mínimo caráter. Assim como polêmica também é o completo declínio da medida das proporções ao ponto de levar estes canalhas misólogos a sério como inúmeros acéfalos que nem sabem o quão seus sentimentos, emoções, comportamentos e reações são frutos de uma alienação e adestramento abissais… Perto do Olavo de Carvalho, são poeiras bancando meteoritos que atacam uma estrela de brilho e alcance muito, muito intensos e incomensuráveis o bastante, para estes fragmentos tenham possibilidade de arranhar.
“O homem é uma criatura enormemente elástica: por um lado ele não é nada e por outro, ele é o único que pode falar a palavra “tudo”. Ele é o único para o qual existe “tudo”, e de certo modo ele é a única testemunha do tamanho do universo. Isso não quer dizer, como no princípio entrópico, que o universo precise que a gente saiba algo dele. O universo lamentavelmente não precisa, nós é que precisamos.
Mas essa tensão que aparece no Salmo, e está maravilhosamente explicada nele (“O que é o homem, para que Deus preste atenção nele?”), dá a medida real do tamanho do homem, e esse tamanho tem de ser medido em duas direções: no da sua pequenez física, e na sua consciência da presença do Ser. Essas duas coisas são elementos permanentes do ser humano. Só que são elementos permanentes do ser humano enquanto espécie. O indivíduo pode se afastar disso completamente.
Isso significa que a maior parte dos indivíduos hoje está abaixo do potencial da espécie, e isso não acontece com nenhuma outra espécie animal. Se você pegar o cavalo mais capenga do mundo, ele ainda é capaz de carregar um homem nas costas; se ele não for mais capaz, cinco minutos depois ele morre. Um leão, se não for capaz de caçar, não continua vivendo indefinidamente abaixo do potencial da espécie. Ou ele está no potencial da espécie ou ele morre. O único bicho que vive e sobrevive por longo tempo muito abaixo do potencial da espécie é o ser humano, que cria essa espécie de sub-humanidade que tem que viver sendo carregada pelos outros. São um bando de irresponsáveis, um bando de moleques, que deviam é levar umas boas palmadas na bunda. Ou seja, eles não arcam com a responsabilidade humana, mas querem ter todos os privilégio da humanidade. Por que nós temos de aceitar isso? Não temos de aceitar, nós nunca podemos aceitar que alguém faça isso. Se você está buscando a consciência do Ser, e viver alerta para a realidade, onde você está ao mesmo tempo sabendo a proporção física entre você e o universo, e ao mesmo tempo está sabendo o outro lado da tensão, você tem de exigir que os outros saibam da mesma coisa. Agora, por que elas não fazem isso?
Porque o aprendizado da cultura e da linguagem é muito complicado, e os problemas de adaptação social também são muito complicados, e elas acabam concentrando tudo nisso. Isso, para elas, se torna o tudo. E pior, elas chamam isso de realidade, quando é apenas um delírio coletivo. Nesse delírio coletivo, é possível que as pessoas se afastem tanto da tensão central da existência, que elas tenham de construir personalidades inteiramente artificiais e, feliz ou infelizmente, não faltam fábricas de personalidades artificiais. Um partido político, por exemplo, que cria um conjunto de valores, de sentimentos, de reações padronizadas, e tomo mundo veste a camiseta, sente as mesmas coisas, e se sente integrado naquela comunidade, e isso dá a eles uma ilusão de existência. Claro que essas pessoas estão vivendo uma vida sub-humana, elas estão abaixo do potencial humano. Elas, comparadas a um ser humano que está consciente da tensão, são como uma sombra comparada a um corpo; e é por isso que essas pessoas são tão insignificantes”.Olavo de Carvalho (grifos meus)
De minha parte, só tenho que reconhecer a sua posição de destaque entre os brasileiros e os grandes pensadores e homens de fibra; me espelhar no seu hábito de ter razão; me admirar da sua resplandecência cultural; me estruturar para uma maior absorção da sua irradiância intelectual; me inspirar na sua determinação vocacional; e ser grato pelo tempo dedicado e pelos ensinamentos fornecidos por este eterno professor de todos nós: Olavo de Carvalho.